Os mórmons são cristãos ?
Os mórmons fazem questão de serem reconhecidos como cristãos. Embora muitos dos ensinos fundamentais mórmons não sejam apoiados pela Bíblia, livro base dos cristãos mas sim pelo Livro de Mórmon, alegam eles ser cristãos pelo fato de sua Igreja ter o título IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS. Declaram que o nome indica a quem pertence a igreja deles.ARTIGOS DE FÉ
Um dos artigos de fé dos mórmons declara o seguinte:
“Cremos que, por meio do Sacrifício Expiatório de Cristo, tôda a humanidade pode ser salva pela obediência às leis e ordenanças do Evangelho.” Dizem mais, “... pela obediência às leis e ordenanças do Evangelho, o homem receberá remissão dos pecados individuais, através do sangue de Cristo, e herdará exaltação no reino de Deus, a qual é a vida eterna.” (Doutrinas de Salvação, vol. I, p. 134, Joseph Fielding Smith).
O que lemos dessas duas declarações é que a obra salvífica de Cristo é limitada, atingindo apenas aqueles que se aproveitando da obra da expiação efetuada por Cristo, conseguem sua salvação “pela obediência às leis e ordenanças do Evangelho”. Entre outras obrigações necessárias para a salvação, exigem-se ‘pesquisar os mortos e realizar ordenanças salvadoras do evangelho por eles (batismo pelos mortos), receber o endowment no templo (roupa sagrada), selamento de casamentos para o tempo e para toda a eternidade no templo. (Princípios do Evangelho, p. 291,92). Na verdade os mórmons não precisam de um salvador. Não precisam de misericórdia, nem de graça, nem de perdão. Eles procuram uma oportunidade para demonstrar quão perfeitos são. A falsa doutrina da ineficácia da redenção de Cristo é resultante do ponto de vista errado quanto à pessoa de Jesus. O Jesus mórmon é uma criatura irmão de Lúcifer, o que não passa de ‘outro’ Jesus
(II Corintios 11:4) - Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.
EXPIAÇÃO INDIVIDUAL COM SANGUE
A doutrina conhecida como expiação individual com sangue pode ser resumida apenas como a idéia de que há alguns pecados que o sangue derramado de Jesus Cristo não pode expiar. Diante disso, o sangue da pessoa que pecou precisa ser derramado como expiação do pecado. Além do horror de se matar alguém por causa de seus pecados, o aspecto de fato satânico desta doutrina está em dizer que o sangue de Jesus Cristo não é suficiente para a expiação, e que na verdade o próprio sangue da pessoa é mais importante.
ESCRITURAS MÓRMONS QUE TRATRAM DO ASSUNTO
“EXPIAÇÃO E PECADOS PARA A MORTE. Joseph Smith ensina que existem certos pecados tão nefandos que o homem pode cometer, que colocarão o transgressor além do poder de expiação de Cristo. Se forem cometidas tais ofensas, aí o sangue de Cristo não o limpará de seus pecados, mesmo que se arrependa. Por isso, sua única esperança é ter o próprio sangue em expiação, na medida do possível, em favor próprio. Isto é doutrina escriturística e ensinada em todas as obras padrão da Igreja.” (Doutrinas de Salvação, vol. I, p. 146, Joseph Fielding Smith) (o grifo é nosso)
“Quando amaremos o próximo como a nós mesmos”? - perguntou o profeta Brigham Young à sua congregação.
Suponhamos que ele (nosso vizinho) seja apanhado em um erro grave, que tenha cometido um pecado o qual ele sabe que o privará daquela exaltação almejada e que ele não pode alcançá-la sem o derramamento do próprio sangue, e também sabe que, tendo o seu sangue derramado, ele expiará aquele pecado e será salvo e exaltado como os deuses, não haverá nenhum homem ou mulher nesta casa (o Tabernáculo de Salt Lake City) que não diria: ‘derramai meu sangue a fim de que eu possa ser salvo e exaltado com os deuses’? Isso seria amar a si próprio, inclusive visando uma exaltação eterna. Amaríeis da mesma forma a vossos irmãos e irmãs, quando eles tiverem cometido um pecado que não pode ser expiado sem o derramamento de seu sangue? Amaríeis aquele homem ou mulher o bastante para derramar o sangue dele ou dela? ..."“ (Brigham Young, Journal of Discourses, vol. IV, p. 219, 20).
OS PECADOS QUE REQUEREM EXPIAÇÃO PELO SANGUE
1. ASSASSÍNIOS: “Eu respondi que me opunha ao enforcamento, mesmo se um homem matasse a outro homem. Eu atiraria nele ou lhe cortaria a cabeça, derramaria seu sangue sobre a terra, e deixaria a fumaça de lá ascender até Deus.” (History of the Church, vol. 5, p. 296, Deseret Book Company Salt Lake City, UTAH, 1978).
“OS ASSASSINOS E A EXPIAÇÃO. Você crê nessa doutrina? Se não crê, então eu digo que você não crê na verdadeira doutrina da expiação de Cristo! Você é convidado a denominar essa doutrina de ‘a doutrina da expiação do Brighamanismo’. Esta é a doutrina de Cristo nosso Redentor, que morreu por nós. Esta é a doutrina de Joseph Smith e eu a aceito.” (Doutrinas de Salvação, vol. I, p. 145, Joseph Fielding Smith).
“E agora, eis que Eu falo à igreja. Não matarás; aquele que matar não terá perdão nem neste nem no mundo futuro.” (Doutrina e Convênios, seção 42.18)
2. ROUBAR
“Se quereis saber o que fazer com um ladrão que encontrardes roubando, eu digo: matai-o no local e jamais sofrereis o fato de ele cometer outra iniquidade... Eu consideraria que é meu dever fazer isso (matar o ladrão) da mesma forma como considero minha tarefa batizar um homem para remissão de seus pecados.” (Brigham Young, Journal of Discourses, vol. I, p. 108, 09).
3. CASAMENTOS DE BRANCOS COM NEGROS
“Devo dizer-vos qual é a lei de Deus com relação à raça africana? Se o homem branco que pertence à semente escolhida (mórmons) misturar seu sangue com a semente de Caim (negros), a penalidade, sob a lei de Deus, é a morte no local.” (Brigham Young, Journal of Discourses, vol. X, p. 110).
O SANGUE DE JESUS NOS PURIFICA DE TODO O PECADO
Além de ensinarem que salvação de alguém é condicionada a obediência às leis e ordenanças do ‘evangelho’ que pregam, negam também o fundamento do cristianismo: a completa e absoluta obra de redenção pelo seu sangue derramado na cruz do Calvário.
Nós, os cristãos, cremos que a Bíblia ensina haver Cristo pago o preço total do nosso resgate. Sua é a obra objetiva da expiação, cujos benefícios, quando aplicados a nós, não deixam nada a ser completado por nós. É uma obra definitiva. As referências bíblicas a respeito são muitas. Citaremos algumas:
“Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.” (Ef 1.7).
“Em quem temos a redenção, pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados.” (Cl 1.14).
“Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mão segundo, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos.” (2 Tm 1.9).
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3.5).
“Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9.14).
“Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:24).
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.” (I João 1:9).
Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados. ”(Ap 1.5)
“Digno é s de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação.” (Ap 5.9).
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.” (Ap 22.14).
Pois bem! Diante de tanto apoio bíblico seria de esperar que o mormonismo pudesse concordar com a doutrina da expiação completa de Cristo e admitir que Jesus possa salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus (Hb 7.25)
JOURNAL OF DISCOURSES (JORNAL DE SERMÕES)
Citamos em várias ocasiões deste artigo essa publicação dos mórmons. Pode surgir uma pergunta: em que consideração se deve ter essa publicação? Os próprios mórmons respondem: “Ele são equivalentes em valor aos da Bíblia.” (citado em, Por Que Abandonei o Mormonismo, p.147, Thelma ‘Granny’Geer, Editora Vida, 1991).
TEORIA OU FATOS?
Os mórmons costumam afirmar que embora continuem ensinando a expiação pelo derramamento do próprio sangue nunca chegaram ao ponto de levar à morte pessoas que eventualmente tenham cometidos tais pecados. É o que lemos em fontes mórmons. Isso é dito da seguinte maneira:
“Pessoas ímpias e mal-intencionadas maquinaram histórias falsas e caluniosas, no sentido de que a Igreja, nos primeiros dias desta dispensação, envolveu-se numa prática de expiação de sangue na qual o sangue de apóstatas e de outros era derramado pela Igreja como expiação por seus pecados. Essas afirmações são falsas e os que lhas deram origem sabiam que eram falsas. Não há nenhum exemplo histórico da assim chamada expiação de sangue nesta dispensação, nem houve evento ou ocorrência de qualquer tipo, de qualquer natureza, do qual a menor inferência possa surgir de que qualquer prática semelhante tenha existido ou tenha sido ensinada.” (Mormon Doctrine, p. 92, Bruce McConkie, segunda edição, Bookcraft, Salt Lake City, UTAH, 1979, em inglês).
VERDADE OU MENTIRA?
É só ler algumas linhas a mais na mesma página e encontraremos a seguinte declaração:
“Mas sob certas circunstâncias, há alguns pecados sérios para os quais s purificação de Cristo não opera, e a lei de Deus é que esses homens devem então ter o seu próprio sangue derramado em expiação por seus pecados. Assassínio, por exemplo, é um desses pecados” (Mormon Doctrine, p. 92).
Por fim lemos na p. 93 da obra citada, que,
“Esta doutrina somente pode ser praticada em sua totalidade no dia em que as leis civis e eclesiásticas forem administradas pelas mesmas mãos."
Ocorre que as leis civis e eclesiásticas eram administradas pelas mesmas mãos por Brigham Young, governador de Utah, que, na ocasião, pertencia ao México. Mais tarde o território de Utah foi incorporado à Federação Americana e aí sim foram suspensas as execuções que eram feitas por uma classe de homens chamados de Anjos Destruidores e ‘Irmãos Danitas’- a polícia secreta da liderança mórmon. (Por Que Abandonei o Mormonismo, Thelma ‘Granny’Geer, p. 145, 122, 123 - Editora Vida, 1991).
A propósito, lemos ainda no livro Doutrinas de Salvação, vol. I, p.148,
“Utah incorporou nas leis do Território provisões para a pena capital daqueles que voluntariamente derramaram o sangue de outros homens. Esta lei, que agora é lei do Estado, concede ao homicida condenado o privilégio de escolher para si próprio se prefere morrer por enforcamento, ou se será morto a tiros, e dessa forma ter seu sangue derramado em harmonia com a lei de Deus; e dessa forma expiar, até onde estiver em seu poder expiar, pela morte de sua vítima. Quase sem exceção, a parte condenada escolhe essa última morte.”
CONCLUSÃO
Fiquemos com a Bíblia e com ela digamos, “... e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” (1 Jo 1.7).